Valores:
Idade:
Naturalidade: São Paulo, Brasil
Forma
R - Quando foi na sua vida o primeiro contacto com o yoga?
Não sei marcar no tempo quando contatei com o yoga a primeira vez na minha vida. Sei precisar que foi por volta do ano de 2000 que comcei a praticar de forma regular, com professor, duas vezes por semana
R - Como foi esta abertura? A partir daí nunca mais paraste de praticar? E quando decidiste tornar-te professora de yoga e fazer as formações?
Ser instrutora de yoga não foi uma decisão. Aconteceu, simplesmente, fui sentindo, foi-se estruturando dentro de mim... Na altura estava a trabalhar em Barcelona, a desenvolver uma investigaçã, e uma das aulas que havia para deficientes era de yoga. A certa altura, a minha professora engravidou e eu comecei a dar aulas. Eu já trabalhava com grávidas antes e então, em troca de fazer a preparação para o parto, ela deu-me o meu primeiro curso de yoga e depois eu fiquei com as turmas dela.
R - quando é que começaste a trabalhar com grávidas? Porque vou abordar isso também
Comecei a trabalhar com grávidas em 96, quando entrei no curso. Trabalhava num ginásio e, curiosamente, sempre tive mais apetência para grávidas. Mas, oficialmente, depois de me licenciar em 2002, já como educadora parental, o universo das grávidas floresceu ainda mais, e tudo quanto era educação na gravidez, aulas específicas para grávidas começou a surrgir cada vez mais na minha vida ...depois terminei o curso de terapeuta ayurveda com a especialização com dargavingasa (?) que é trabalho para grávidas, para gestação, considera-se o “…asana” período em que a mãe se prepara para engravidar até aos oitos anos pós-parto
R - Como surgiu este interesse pelas grávidas?
Na altura em Coimbra, não havia propriamente ninguém a trabalhar com grávidas, e eu tinha tido uma cadeira na faculdade, que tratava especificamente de "populações especiais". Curiosamente eu nunca gostei propriamente de trabalhar com esse tipo de populações especiais e grávidas achava que era tudo muito condicionado, quase não podiam fazer nada, e que isso iria limitar a minha atuação. Entretanto, começaram a sobressair em mim mesma outros pontos de vista sobre estas ditas "populações especiais"...
quando o corpo de uma grávida é a maior transformação que pode acontecer na vida de uma mulher, não batia muito bem a “bota com a perdigota” não é? Porque uma grávida não podia fazer um monte de coisas kjhkjhlançar um novo ser para o mundo e não fazia sentido, então procurei noutros lugares formação que me fizesse sentido, para grávidas.
R – Então foi um bocado por acaso..?
LL – Foi um pouco por acaso
R – …e pegou e fascinou-te! O que é mais encantador de trabalhar com grávidas?
LL – O mais encantador de trabalhar com grávidas é ter a oportunidade de inspirar as mulheres a renascerem de forma consciente, verem que é uma oportunidade de nascer uma segunda vez, ….o teu corpo … vou cuidar de mim, vou mudar a minha alimentação, vou fazer exercício, vou ser a pessoa que eu sempre quis ser… e depois tentar inspirar (acontece raramente) as grávidas a manterem-se na nova pessoa que apareceu nas suas vidas….priorizam esquecem que são mulheres, trabalha-se enquanto mães, esposa, profissional, mas não enquanto Ser!
Um dos temas que gosto mais nas aulas é: Descobre o Ser que és, dedica tempo ao tempo que tu És! E a maior parte das pessoas não dedica tempo ao que É! Dedica tempo à profissão, ao marido, à família, aos pais, aos filhos, mas se eu te perguntar: Quem tu És Romana? Tu não tens um referencial próprio, podes responder, sou a namorada do Bruno, a mãe da Benedita, sou filha de …mas não tens um referencial próprio…eu sou esta pessoa assim!
R - No fundo, queres despoletar o clik na pessoa, para uma tomada de consciência!
LL – a pessoa para se Bem Querer, tem que saber que Existe. Gosto de apresentar as pessoas ao Ser que são! Claro que a maior parte das pessoas não quer ser apresentada ao Ser que são, gosta mais de viver num estado de dormência latente …, algumas pessoas querem e depois não têm coragem para fazer as transformações e decisões e atitudes a que isso obriga…e depois há outras que ficam…….
Com a prática do yoga, na perspetiva da tradição e no método BMQ, é sempre, vem cá 2 vezes no mínimo, …..BMQ é um centro de inspiração, só que a maior parte das vezes as pessoas sentem-se inspiradas e acham que já podem caminhar pelas suas próprias pernas e depois afundam-se outra vez nas suas rotinas…
R – lá está, isso é um método não é? A questão da disciplina é muito importante
LL – Mas não é só a questão que não seja possível, a questão é viveres numa sociedade com muitas das solicitações e desafios que fazem com que te esqueças, isto é mais ou menos como fazeres um chek-up.
R – O que achas que fazem com que as pessoas agarrarem e não irem na corrente outra vez?
LL – A disciplina! Perceberem que esta é a verdade e quererem que a verdadeira escola….mas a maior parte das vezes viverem numa ilusão e quebrar uma vida de ilusão é complicado, vais contra as tuas raízes, a tua cultura, as crenças que te foram institucionalizadas desde muito cedo e por isso se te disser, não vás por aí, porque, não tens segurança, não sabes se vais ter emprego, não sabes se vais ter salário, não vais ter coragem para assumir…
R- Isto então é mais uma desconstrução para a construir….
LL – O BMQ …nos últimos 5 anos…concerto com…que inspirou muita gente, as pessoas vieram, fizeram o seu trabalho de …
R – ficou alguma coisa
LL – sim, muitas das pessoas que frequentaram o BMQ já mudaram as suas vidas de forma decisiva, claro que isso incluiu alguns divórcios, mudanças de carreira, incluiu novos amores…e a mudança antes de seragradado ou desagrado, porque isto implica sair da nossa zona de conforto…
R – Fala-me da tua mudança, do momento em que tu própria antes de formar o conceito BMQ, tudo o que é, que te deu o clik de viragem e como foi?
LL – Sempre fui uma pessoa com muita ânsia do conhecimento e precisei de estudar muito de tudo, ler muito, …..comecei com a licenciatura em ciências do desporto, tirei o meu 1º mestrado em psicologia do desporto, depois ganhei uma bolsa e fui para Barcelona tirar o meu 2º mestrado em estudos europeus(?)…comecei o doutoramento e com a prática do doutoramento abri o BMQ, comecei a estudar yoga e ayurvédica, no meio deste percurso académico, houve muitas formações paralelas, e ensinei, fui professora de taichi, pilatos, numa busca constante, ensinei chi qong, ….chateava-me, pilatos, aborrecia-me, prof de ginástica até encontrar o sistema em que acredito e com que mais me identificava.
R – essa procura é cansativa ou
LL – É por necessidade, perceber que as coisas que tu sabes até agora não são suficientes, ou não te fazem sentido, é como ler um livro de auto ajuda, lês um livro de Paulo Coelho e a certa altura já não te diz nada e vais para um Robin Sharma, depois já não te chega e vais para um livro de Lieseé uma necessidade, à medida que vais aprofundando vais descobrindo outras coisas
R – Faz com que al longo do tempo acabaste por construir o teu próprio método. Houve uma ligação muito grande ao corpo e ao percurso académico
LL – Houve uma ligação grande à necessidade de seres mais e melhor. Eu sempre fui uma excelente aluna e a ideia era gerar …e eu sempre quis fazer coisas onde era pior e onde sempre fui pior no meu percurso inicial era a educação física então era onde fazia sentido continuar a estudar e queria descobrir porquê. Em vez de trabalhar no que eu era boa…. quis melhorar nas coisas em que eu não era boa. Inglês era demasiado fácil, e em paralelo fazia colagens, tapetes de arraiolos, costura, bijuteria, coisas naturais e que não era preciso estudar. E eu queria desenvolver coisas em que eu não fosse boa e aperfeiçoá-las e daí esse ser o meu handicap.
R - E tu desafias-te a então a ti própria?
LL – Sim, Aborrece-me a monotonia do próprio método, o próprio método está em constante crescimento e mudança
R - E é assim que as coisas se fazem
LL - Sim, é assim que as coisas se fazem
R - O BMQ tem 5 anos… é uma coisa muito tua, uma marca, um conceito que reflete o que és e a tua energia? Ainda há coisas, por conquistar, por fazer, por consolidar…?
LL – As coisas nunca estão consolidadas, porque numa cidade como Coimbra e num país como Portugal é difícil consolidar o que quer que seja. Gostava de ter mais projeção, chegar a mais gente, porém …é difícil quebrar a inércia, as pessoas não vivem, sobrevivem, vivem uma rotina sombria! As pessoas vão do trabalho para casa, de casa para o trabalho, vão a um bar, aos mesmos restaurantes e encontram sempre as mesmas pessoas…as pessoas acham estranho que eu não tenha o mesmo grupo de amigos de há 15 anos, que não tenha a mesma profissão, e que eu tenha diplomas…porque as pessoas estão habituadas a viver numa mancha de inércia, mudar é uma coisa que custa…
R – Mas as pessoas manifestam o desejo de mudança, queixam-se muito…
LL – As pessoas não gostavam de mudar, gostam é do conceito romântico de estar eternamente insatisfeitas, mas assim que a mudança delega um esforço para mudar, porque vais ter que cortar com as saídas à noite para pagar o yoga, seja porque temos de deixar de dormir até às 08h, ou prq tens de deixar de ver a tua novela porque há o yoga ao final do dia, as pessoas não estão dispostas a isso….as pessoas querem um resultado diferente com o mesmo comportamento que sempre tiveram. Esquecem que a mudança é que gera alguma coisa, as mudanças não são fáceis. As pessoas não estão com vontade de aceitar mais dificuldades nas suas vidas e gostam de culpar as dificuldades, o emprego, o chefe, o carro, a saúde, o governo….as pessoas culpam que os alimentos não valem nada mas não vão ao mercado, queixam-se de exploração de mão de obra mas se tiverem um relógio que custa €0.50 no chinês não pensam como é que aquilo chegou até ali…não pensam que uma pilha custa….
R - Sempre gostaste de trabalhar com pessoas e para pessoas, de ter sempre muita gente à tua volta….isso vem de onde, da tua infância, vem da família, é mesmo teu…?
LL – acho que é uma coisa minha, sou extremamente tímida, ansiosa, …e mais uma vez o meu trabalho é no sentido de desconstrução de mim mesma, pois por mim ficaria em casa, em silêncio, a meditar e a ler livros…e foi assim a minha infância…por exemplo eu trabalhei à noite, como eu não gostava de sair à noite com as da faculdade para conhecer pessoas…eu trabalhava! Era um dois em um, eu ganhava dinheiro para sair à noite, e trabalhei na Académica, formei a minha empresa de prestação de serviços, sempre numa perspetiva de, já que tenho de lidar com pessoas, ao menos que ganhe dinheiro com isso, que dê para eu viver.
R - Mas hoje em dia, isso é uma coisa natural?
LL - Sempre foi natural, é uma desconstrução minha mas é natural!
R – Mas não deixas de ter os teus momentos contigo, tão importantes para te integrares?
LL – Não deixo não, mas se calhar não, se eu tiver que dar aulas às 6h da manhã, tenho de acordar às 4h para ter tempo para mim.
R – É isso que as pessoas não tiram, o tempo para… elas
LL – …tempo e dinheiro, das duas coisas, quanto é que eu ganho por hora, e quanto do que ganho por hora é estou disponível para investir em mim. As pessoas não olham para o que temos, olham para aquilo que podem pagar, eu vejo o yoga… as pessoas se vêem um sítio onde posso pagar 20 euros não vão para um sitio que cobra 80. Não é que o sítio que cobra 80 seja melhor que o que cobra os 20, aqui é porque as pessoas não escolhem por aquilo que o sítio oferece, escolhem por uma questão financeira. É a mesma coisa que um corte de cabelo, eu posso cortar cabelo – eu corto cabelos, já trabalhei e cortei cabelos a muita gente, cobro 5 euros por um corte de cabelos, porque não tenho….e se fores ao Ílidio ele cobra 47, agora, o que é que tu queres fazer com isso?
R – Isso é uma questão de as pessoas serem pouco seletivas? Ou saberem pouco aque é que as pessoas dão valor?
LL – As pessoas não vivem conscientemente,…se eu não ligo ao yoga, se para mim o yoga é apenas para poder dizer que pratico yoga, esticar no tapete e fazer uns ásanas, qualquer sítio me serve. Se eu procuro um sítio que me encaminhe para outro tipo de vida, para outro tipo de perspetiva sobre mim mesma, eu tenho de procurar um sítio profissionalizado na área, em que a própria pessoa que me está a guiar, viva de descobrir isso! Porque se não vou ao cabeleireiro aqui do canto que nos tempos livres corta o cabelo. No fundo estamos a falar de inspiração, alguém que tenha a chave do seu próprio ser!
R – No trabalho que fazes aqui, nas consultas, sentes que tens responsabilidade na vida das pessoas?
LL – Sinto que sou impulsionador de mudança para alguns, mas gosto de perceber testemunhem que aquela pessoa quer que eu a inspire a mudar ou como 60% das pessoas que aqui vêm não querem mudar, querem apenas vir aqui. Eu não procuro incentivar a mudança, não sou fundamentalista nem evangelizadora, não quero inspirar a mudança a quem não quer mudar e também não quero cobrar…a quem acha que está a mudar. Agora se a pessoa está disponível para dar outro passo, gosto de estar disponível e poder ser quem ajuda, no sentido de companheiro de viagem, de segurar a lanterna, mais no conceito filosófico, de fazer as questões que tu não tens coragem de fazer a ti mesma. Mas como tu própria experiencias, eu não evangelizo, nem trago isso para as aulas, se existe uma pergunta, um interesse, gosto de esclarecer mas obrigo a mais do que a pessoa vem à procura.
R – …. facto de teres estado no outro lado, de seres mãe, o que modificou na tua abordagem com as grávidas, as mulheres…
LL – Mudou muito, em tudo, no yoga, ajudou-me a perceber melhor os condicionamentos …de quem tem uma vida familiar, porque uma vida profissional eu já tinha, sei quais são os riscos mas para além disso tu não podes ter um hobby, tentei ser mais compreensiva perante as limitações das pessoas, mas também a perceber que a falta de dinheiro e de tempo são só desculpas para falta de motivação. Mas respeitar. Eu antes era mais assertiva: “não pode ser, tens que ….chateava-me e incomodava-me mais a inércia das pessoas!” Agora eu percebo que é muito difícil mudar, muito difícil viver, e nem todas as pessoas estão preparadas para isso. É mais fácil ir ao restaurante do que cozinhar, é mais fácil ver um filme do que ler um livro, é mais fácil
R – Diz 2 ou 3 momentos em que te sentisses grata pelo teu projeto do BMQ
LL – O 1º foi de quando decidi sair das 1ªs instalações para estas e perceber todo o apoio que as pessoas estavam dispostas a dar perante todas as dificuldades financeiras para que as coisas acontecessem. E outros momentos que não acontecem diariamente mas muitas vezes por semana, em que caio em mim e vejo a sorte que tenho de ter uma Claúdia e um Guilherme a apoiar-me que se dedicam ao projeto porque sim, não por dinheiro. Sinto uma gratidão profunda. E quando tenho a aula cheia e vejo o quanto as pessoas podem mudar e reconhecem o esforço da dedicação. Quando as pessoas pagam a mensalidade e eu recuso aceitar que é caro. As pessoas querem estar aqui.
R – O que achas que é diferenciador? O que as pessoas sentem no BMQ
LL – As pessoas sentem que nós as aceitamos sem a máscara, sentem que podem ser verdadeiras. Aqui sentem-se seguras, não se sentem julgadas e podem ser quem são.
R – Há alguma coisa que quisesses falar…?
LL – uma coisa é teres uma ideia, um projeto. Outra coisa é pores em prática e teres a coragem, a determinação, a persistência, resistência, para fazer criar algo teu, porque há cada vez mais pessoas a avançarem…muitas vezes o criativo não pode ser o gestor, tem de trabalhar para alguém porque pode não ter perfil para gerir o negócio. As pessoas pensam que por terem criatividade lhes dá talento para gerir e não é assim, é preciso ter consciência. Há os lideres, os apoiantes, há um papel para cada um, um líder não é criativo e vice versa. Há um trabalho de equipa. Estamos numa cidade em que ser doutor é importante, ser empresário é importante…o que está na moda é que é, aceitam a melhor proposta…..as pessoas vão pelo mais fácil…pouco determinadas no desafio que a vida oferece
R – Cursos de mudanças….
LL – Há mais oferta de cursos de ….as pessoas não põem em prática o que aprendem
R – Alguma pessoa importante na tua vida
LL – O meu professor, ….. que me tornou mais consciente de mim, é preciso viver conscientemente, assumir a responsabilidade da evolução e sermos responsáveis pelo nosso papel neste mundo
R – O que falta viabilizar e que podes desvendar…
LL – É um trabalho em construção o que não significa que continue, depende do que fizer sentido para as pessoas que vêm aqui, o BMQ é feito pelas pessoas que o procuram. Quando deixar de haver esta necessidade o BMQ termina. A evolução é assim mesmo, tudo tem um início, um fim, uma continuidade. Estamos aqui de coração aberto.
da em ... Ciências do Desporto e publicidade, com uma pós graduação em comunicação e gestão de marcas, Ana trocou os computadores pelas colheres de pau. O doce com nome de bailarina russa, importado da Austrália e da Nova Zelândia, impediu-a de emigrar para Londres. Lara É em busca daquilo
Foi em Portugal, no Porto, que a Miss Pavlova nasceu, cresceu e conquistou os gulosos.
Não sei dizer quando foi precisamente que o Yoga me "bateu à porta". Agora me apercebo que o yoga sempre existiu na minha vida. Talvez não desta forma regular e disciplinada, mas... 2 x por sem foi em Barcelona em meados de 1998. Substituí uma professora minha
A partir desse momento nunca mais parei de praticar.
Não foi uma decisão consciente tornar-me pessoa de Yoga. Estava a trabalhar em Barcelona a fazer um trabalho de investigação, e uma das aulas que lá havia para deficientes ea yoga, a minha prof entravidou, eu antes ja trab com gravida, e ela deu-me o meu 1º curso de yoga. Foi espontaneo. Fiquei com as aulas da minha professora.
Grávidas
Foi em 1996 que comecei a trabalhar com grávidas. É Doula, Educadora Perinatal em 2002. Curso de Pilates,m Taçação, higrodinagsyioca, tonificação, pra grav´fias, nutrodição, etc... Terapeuta Ayrudrdevad Garba Vindasana. Não é com grávias, é com gestação. No Ayurveda considera-se o Garba Vinyasana o periodo em q a mae se prep pra engravidar e até aos 8 anos pós-parto.
N havia ng a trab em Cbr com grávias, na fac já tinha uma cadeira que era "Populações Especiais" e sempre me atraiu trabalhar com este tipo de público desde essa altura que estudava. Grávidas achava que era tudo mto considicionado, quase n podiam fazer nada,
BMQ by Lara Lima, método próprio, etc
Desde o Belly Love,
Enquanto Educadora Perinatal sou uma BELLY LOVER por achar que toda a Mulher deve celebrar e recordar o caminho vitorioso que percorreu para gerar uma nova vida que é agora mais importante que a sua.
Enquanto Mãe sou uma BELLY LOVER aconselhando todas as minhas amigas a guardarem com carinho a primeira casa dos seus filhotes... O lugar onde tudo começou e onde este amor foi descoberto.
O espaço... Desde 2009 que o Bem me Quero é a segunda casa de muitos . É onde se pratica yoga, onde se
Trabalhei em várias agências de comunicação, até que em 2013 fiquei desempregada. Foi nessa altura que comecei a pensar em ter algo meu. Queria um projecto que pudesse desenvolver. Sempre achei que me faltava alguma coisa em todos os trabalhos que tive. Não gosto de fazer a mesma coisa dia após dia. Queria ter alguma liberdade, fugir à rotina. Com um negócio meu isso era possível.
Não sabia o quê, por isso fiz todo um processo de investigação e pesquisa. Queria descobrir qual era a área que mais me interessava, como estava o mercado. A um nível pessoal, queria perceber do que é que eu gostava, com o que é me identificava. A minha mãe é mais salgados, eu sou mais doces. Podia ser por aí, mas no início não tinha a noção concreta do que queria. A comida era uma paixão mas não sabia bem como materializar isso.
Sempre gostei de experimentar receitas diferentes, mais até pelo desafio. Via programas de culinária na televisão, seguia sites e blogues. Gostava de me testar. A primeira vez que fiz macarrons foi uma aventura. Resolvi fazê-los para oferecer no Natal e foi até à última hora para conseguir terminar os macarrons e as caixas para os colocar.
Descobri as pavlovas no Masterchef Austrália, ainda antes de ter ficado desempregada. Fiquei curiosa e resolvi experimentar. Comecei a levá-las para os jantares de amigos e de família. Percebi que as pessoas gostavam. Ficavam surpreendidas com o sabor, porque pensavam sempre que seria mais doce do que na realidade era. Quando vim para casa, em 2013, foi quando se deu o clique.
Uma noite estava quase a dormir quando me lembrei… Ah! A pavlova! Será que funciona? Nunca mais me saiu da cabeça a ideia. Toda a gente me chamou louca, até a minha mãe. Como é que eu as ia transportar? Quem é que as ia comprar? Mas eu sou uma apaixonada pela comida.
Tive a ajuda de uma prima arquitecta que na altura também estava desempregada. Devo-lhe o empurrão inicial. Ela deu-me muita força para arrancar com o projecto. Entretanto ela arranjou emprego na área e eu continuei sozinha.
A primeira grande dificuldade foi conseguir a pavlova ideal. Tinha uma receita base e depois comecei a fazer algumas alterações para criar as minhas pavlovas. Tinha objectivos mas nunca tive uma ideia final do que queria. Fui experimentando até chegar ao produto final. Foram muitas tentativas erro. Depois veio a burocracia, o financiamento. Saber o que era preciso em termos de papéis, autorizações. Analisar a rentabilidade do projecto. Muitas dores de cabeça mas tudo se fez.
Queria a palavra pavlova no nome e não queria desprestigiar o doce. Todo o conceito tinha de o enaltecer e acho que consegui. O cor-de-rosa, as riscas, o toque clássico, a história da bailarina. Queria tudo isso impresso no nome. Tive a sorte de, ao longo do meu percurso profissional, ter conhecido pessoas generosas, que me ajudaram imenso em todo este processo. Uma delas é a Catarina, que é copy, Eu chamo miss a muita gente e a Catarina sabe disso. Quando ela me apresentou uma lista de nomes e eu vi Miss Pavlova, foi amor à primeira vista. Tem tudo a ver. Personifica sem ser literal. Dá para brincar. Fica no ouvido. Agora até a minha mãe é a Madame Pavlova.
Lancei a Miss Pavolva em Setembro de 2013. Comecei a participar em mercados de rua, no Porto, o Urban Market e o Cedofeita Viva. Foi complicado. Era final do Verão e todo o processo de logística e transporte obrigava a muito trabalho. Foram tempos cansativos e foi preciso querer muito para não desistir. Se fizéssemos contas ao dinheiro gasto e ganho, teríamos com certeza desistido. Foi necessária muita persistência para contrariar a vontade de desistir.
Inspiração? Estética aliada ao sabor. Inspiro-me em tudo. Por exemplo, as redes sociais, como o pinterest e o instagram são óptimas para isso. Em termos de sabor, penso muito numa lógica de explorar os sentidos. A textura, as cores, os produtos são essenciais. Tenho uma parceira com as Ervas Finas da Graça Saraiva e utilizo as flores comestíveis delas nas minhas pavlovas. Acredito na partilha conhecimentos e experiências com pessoas envolvidas em projectos diferenciadores, como este.
O feedback tem sido óptimo. Agora que temos um espaço físico, na Baixa, na loja Almada 13, é diferente. As pessoas vêem cá, provam e elogiam o espaço.
Quando a marca ganhou raízes e o projecto provou ser viável, comecei a pensar que era fundamental ter um espaço. Foi quando surgiu um convite do Almada 13. Queriam ocupar o espaço com um projecto diferente. Uma das marcas representadas na loja era minha cliente e sugeriu-nos. Depois do primeiro contacto, começou o namoro. Eu estava num impasse: avanço ou não? Ia ter mais trabalho. Valeria a pena? Era um investimento enorme a todos os níveis, pessoal e profissional. Fui em frente e não me arrependo!
Gostava que o espaço também tivesse uma vertente cultural e estamos a conseguir. Temos uma exposição de ilustrações das minhas pavlovas que nasceu por acaso. Na altura pensei que giro, giro era que fazer alguma coisa relacionada com comida, melhor ainda com doces e espectacular com pavlovas. Falei com a Nham Nham! e as responsáveis mostraram-se logo disponíveis para ajudar. Os ilustradores desenharam as minhas pavlovas e agora quem visita a loja pode vê-las. Divulgamos o nosso produto e a ilustração do Porto, que ainda é pouco conhecida. De futuro queremos mais projectos inovadores.
Estive quase para emigrar para Londres e a Miss Pavlova foi a justificação perfeita para eu ficar. Quando comecei nunca imaginei chegar aqui. Superou todas as minhas expectativas.
A comida marca a vida das pessoas e é isso que a Miss Pavlova quer. Pode parecer um cliché mas é verdade. Saber que o nosso doce vai estar presente num momento importante de reunião e partilha de um grupo de amigos, de uma família, é importante para mim.
A minha pavlova favorita? Primeiro foi a exótica, depois a floresta negra e agora a de chocolate e lima. A tendência é sempre para o mais ácido.
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