Valores: Criatividade, Dinamismo, Otimismo
Naturalidade: Lisboa e Barcelona
Idades: 42 e 36 anos
Apercebendo-se que o mercado não disponibilizava de forma organizada e consistente obras de arte com qualidade a preços acessíveis, Joana Pinheiro e Chantal Camps, que residem no Porto, decidiram abrir uma galeria online de pintura, desenho e fotografia de artistas emergentes portugueses e internacionais. Em pouco mais de um ano, a Drawing Box representa já mais de 30 artistas de vários pontos da Europa e, para este ano, "o nosso objectivo é atingir o dobro".
Decidimos apostar em artistas promissores mas que estão a dar os primeiros passos no mercado, começando com os contactos que tínhamos em Lisboa, Porto e Barcelona. O objectivo é tornar a arte acessível e a sua aquisição um hábito.
Inovação, esforço, trabalho e cooperação são os principais valores que pretendemos passar com a Drawing Box.
Temos um projeto a duas porque é mais fácil trabalhar e tomar decisões em equipa. A nossa maneira de ser e de trabalhar complementam-se muito bem.
A base do nosso negócio é a Internet, sem ela não existiríamos da mesma forma nem poderíamos praticar os preços que oferecemos. Só com a Internet é possível termos uma montra com cerca de 500 obras, aberta 24 horas/dia e à distância de um clique. Com a nossa loja online conseguimos ter uma estrutura de custos baixa, mantendo os níveis de qualidade elevados.
Hoje em dia, as pessoas investem no seu conforto, em sua casa. E a internet ajuda-as também a encontrar as novas tendências que gostariam para as suas casas.
Criámos o "Quadro da Semana" que mais não é que uma forma de interagirmos com uma selecção de clientes e de interessados e para quem, semanalmente, enviamos a nossa sugestão. O sucesso foi imediato e a nossa mailing list não pára de aumentar, sendo actualmente uma fonte de vendas importante.
Os contactos que fomos estabelecendo por esta via permitiram que os nossos clientes nos fossem fazendo sugestões e pedidos como o de poder encomendar obras por medida ("tailored made") dos artistas que gostam. Nestes casos, os nossos artistas realizam um projecto em pequena escala e, mediante a aprovação prévia do cliente, executam na medida solicitada.
Apesar de ser uma galeria online, a Drawing Box tem também um atelier no Porto onde é possível ver as obras ao vivo e obter aconselhamento sobre as peças, as molduras mais indicadas, o local mais apropriado para as colocar, etc.
Além da galeria online, temos previsto a realização de exposições temporárias em lugares públicos e, ainda, um atelier onde iremos promover “open days” para que os nossos clientes possam ver ao vivo as peças que temos.
Neste momento representamos mais de 30 artistas provenientes de vários pontos da Europa e o nosso objectivo é atingir o dobro este ano.
Vendemos peças únicas e originais e acrescentamos peças novas praticamente todas as semanas. As pessoas gostam de ver novidades e para isso precisamos de uma ampla carteira de artistas.
Os artistas estão muito satisfeitos por poderem colaborar com o nosso projeto, especialmente os mais jovens.
Não temos a menor dúvida de que muitos dos artistas que representamos vão vingar no mercado da arte. Muitos deles são jovens que estão mesmo a começar, mas o seu trabalho já revela uma grande personalidade. Nós apenas ajudamos a divulgá-lo.
Numa altura de crise, a arte é um bom investimento? Connosco, com certeza. O maior número dos trabalhos que temos anda à volta dos 150 euros, mas temos quadros desde 50 a 1000 euros.
A crise tem diminuído os preços de tudo, dos quadros também. Mas no nosso caso os preços baixos não são fruto da crise, mas sim de uma opção e de um posicionamento estratégico.
Os truques para fazer boas aquisições é estar atento ao mercado e aos artistas emergentes, com um percurso coerente. Nós temos os olhos postos em alguns! No entanto, o melhor truque é comprar aquilo de que realmente se gosta.
Sugerimos que as pessoas ofereçam algo diferente. Por isso, um dos nossos mercados tem sido o dos presentes. Lançámos a campanha "Desta Vez Ofereça um Quadro..." com o intuito de fazer com que os nossos clientes pensem em nós na hora de terem de comprar um presente para oferecer.
Não temos referência se os portugueses e espanhóis consomem muito ou pouca arte. Estamos no mercado há pouco mais de um ano. Mas talvez porque o nosso conceito é precisamente o de arte a preços acessíveis, as nossas vendas tem vindo a aumentar paulatinamente.
Neste momento os nossos mercados mais relevantes são Portugal e Espanha. Os nossos clientes são da classe média entre os 35 e 50 anos. São pessoas que apreciam arte mas que não tem um poder de aquisição tão elevado que lhes permita gastar milhares de euros numa peça de arte.
A quem pretende viver da arte, o nosso conselho é: trabalharem, trabalharem e trabalharem…
Photo © Paulo Rangel