Pode não gostar de hip hop nem de graffitis... Mas vai gostar certamente destes três exemplos de histórias femininas que vão fazendo história na sociedade brasileira. O primeiro exemplo é sobre o lançamento do livro "Perifeminas", que reúne poesias e histórias escritas por mais de sessenta mulheres do hip hop de São Paulo. Organizada pela Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop, esta iniciativa inédita revela que o protagonismo assumido pelas mulheres vem enriquecer este movimento cultural.
O segundo exemplo resultará igualmente na publicação de um livro, mas neste caso compilará histórias das dez mulheres distinguidas com o "Prémio Mulheres Negras Contam Sua História". O objetivo é promover a inclusão social através da reflexão do dia-a-dia destas mulheres, num país que ainda descrimina as pessoas de cor.
Muitos muros, uma missão
Por fim, falemos de um exemplo de uma mulher que faz história no Brasil: Panmela Castro. Com 31 anos, esta artista do grafitti brasileiro foi eleita uma das 150 mulheres que influenciam o mundo de acordo com a revista norte-americana Newsweek (junto com a presidenta Dilma Rouseff), tendo em 2012 ganho o DVF Awards, prémio anual que homenageia esforços para melhorar a situação social, económica e política das mulheres no mundo.
Natural dos subúrbios do Rio de janeiro, Anarkia Boladona como é conhecida, pinta desde 2006, mulheres nos murais da cidade. São "mulheres apáticas", segundo a artista, uma vez que "apesar de bonitas por fora, muitas delas ainda são oprimidas."
Hoje, a sua marca chega aos muros de cidades como Nova Iorque, Paris, Istambul, Berlim, Washington, Toronto, Praga e Johanesburgo. São muitos os muros... mas a missão da Rede Nami, ONG, que coordena é só uma: lutar pelos direitos das mulheres.