Valores: Sinceridade, integridade, transparência.
Idade: 32
Naturalidade: Lisboa
Nasceu e cresceu em Lisboa, passou por Paris nos tempos de estudante e viveu no campo em Inglaterra. Constança, Concha na blogosfera, chama agora lar à Ilha do Norte na Nova Zelândia. A licenciatura em Direito e o mestrado por concluir em História Moderna ficaram para trás. Lançou o blogue Saídos da Concha, adoptou o mundo do ‘feito à mão’ e escreveu um livro. Pelo meio teve (e continua a ter) tempo para ser mãe de dois rapazes, esposa, dona de casa e empreendedora.
Criei o blogue "Saídos da Concha" quando comecei a aprender a coser. Tive vontade de ir documentando o processo e fazer parte de uma comunidade criativa, que já em 2006 era muito activa. Não foi nada complicado, porque comecei de uma forma muito simples e sem grandes ambições. Em Outubro de 2014 lancei o meu livro "Mãos à Obra".
Saídos da Concha foi o primeiro nome que surgiu quando decidi criar o blogue. A ideia foi do Tiago, meu namorado na altura, agora marido. Concha é o nome pelo qual a família e os amigos mais próximos me conhecem, e saídos... bem, implica uma ideia de algo que foi criado por mim.
Neste caso nunca houve uma teoria para passar à prática. O blogue foi criado enquanto eu dava os meus primeiros passos, neste campo, e tem vindo a acompanhar os meus progressos e interesses. Tem-me motivado bastante a continuar a aprender e a focar-me nos melhores momentos da minha vida. Também me tem trazido amizades e oportunidades. Graças a ele, as minhas casas foram publicadas em revistas de decoração e recebi um convite para escrever um livro.
É um part-time, mas não é um hobby. Neste momento, a minha prioridade é o bem-estar da minha família, mas o blogue é a vertente profissional da minha vida. Espero, à medida das minhas possibilidades, poder levá-lo cada vez mais a sério.
Inspiração? O meu quotidiano e os meus interesses. Trabalhos manuais que me dão mais prazer? Todos aqueles que aparecem no blogue. Os meus interesses vão variando um bocado ao sabor do tempo, da fase da vida em que me encontro e do país em que vivo, mas há sempre uma linha condutora. Acho que aquele que aparece no topo da lista é a costura, porque me entusiasma imenso a possibilidade de pegar num bocado de tecido e transformá-lo em algo funcional.
O feedback tem sido incrível! Tenho a sorte de receber emails verdadeiramente comoventes e gosto muito de poder trocar ideias com as pessoas com interesses parecidos com os meus.
[Dois filhos pequenos, um marido, uma casa, uma família estabelecida longe do país natal]. Tudo demora muito tempo a ser executado e a lista de planos é infindável. Também há alguma frustração à mistura, bem como uma casa muito desarrumada!
Tenho um bebé com 6 meses e um filho com quase 3 anos, por isso o meu dia gira à volta das necessidades deles. Quando tenho algum tempo livre, dedico-me ao blogue e aos meus projectos.
O Saídos da Conha foi o ponto de partida para o livro ‘Mãos à Obra!’, mas o livro é muito mais do que o blogue. Tem quase 50 projectos de costura, culinária, jardinagem e decoração, e o tema subjacente é a casa. Está dividido em quatro partes: Primavera, Verão, Outono e Inverno, e a ideia-base é viver a vida de forma criativa, aproveitando materiais antigos, tirando partido da natureza que nos rodeia e imprimindo um cunho pessoal ao nosso quotidiano.
Vou vivendo o dia-a-dia como qualquer pessoa normal. Respondo a estímulos, tenho alguns objectivos, mas não sou pessoa de enormes ambições — estou longe de querer ser uma super-mulher! Aquilo que quero é ter uma vida cheia de alegria, amor e paz. Como concilio os meus diversos papéis? Com naturalidade e alguma frustração e desorganização à mistura.
Ainda não atingi nenhuma meta — se tudo correr bem, ainda estou a meio da minha vida —, por isso não posso dizer que me sinta ’realizada’, porque isso para mim implicaria um ponto final. Sinto-me bem, isso sim. Sou uma pessoa cheia de sorte, vivo num país ocidental onde há respeito pelos direitos humanos, tenho bom ambiente familiar, filhos saudáveis... Não me falta nada. Mas, como qualquer pessoa, passo por altos e baixos, o que é normal.
Planos para o futuro? Montar um negócio viável e sustentável. Tirar partido do facto de estar a viver na Nova Zelândia. Criar dois rapazes íntegros, felizes e preparados para o mundo. Fazer o meu marido feliz. Pôr em prática algumas das mil e uma ideias que me acompanham há anos, e que nunca executo.